Sou o grito que guardo na garganta
giro tonto arrancado da poltrona
descobrindo fendas nas paredes
vomitando bile
cheirando vime
Sou quase a limpeza diária
mas morro de tédio
me faço vício, invento dores
conquisto bebedeiras
Sou o vão
finjo olhar constelações
minto minha dor para conquistar sensações
sonego olhares
Alegro no contato com a poeira
arranco um gemido surdo
do meu peito oco
Escrevo traços incertos
dedico feridas a deuses estranhos
vendo minha alma
a um soberano que há muito deixou
apenas como dádiva sua sombra
aos que como eu
não possuem nome.
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5 comentários:
Muito bonito você virando poeta.
ou cara,eu não colocarei mais comentarios em seu blog...vc sempre apaga eles...eu sei!!!Seu vendedor de almas!!!
primeira visita, confesso...e gostei daqui, sabia?! devia ter trazido um bolinho....
auuuu
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