quarta-feira, janeiro 03, 2007

[Doismilesete]

Poeira de 2006 > Preciso parar de fingir que o tempo não passa. Fim de ano dá a exata noção do que é o tempo - acúmulo [perda?]. Se atraso o relógio é por ter finalmente entendido que é preciso adiantá-lo - passo a perceber a urgência das horas >> a urgência de agarrar pelos cabelos a velocidade do que passa na tentativa [vã, bem sei] de tentar domar a vida.

Desejos > rasgar o véu protetor, sair debaixo da sombra da estátua do herói. Enfim, urrar em resposta à vida.

Súbito > transmutar, variar, oscilar, desvelar... aprender.

Parênteses > Alterações de sentido > a embriaguez [perigosa], na boca da mata à luz da lua, me disse que escolher é perder > a razão [vacilante], sob o sol quente de uma terça feira, me diz que é preciso correr o risco.

Festas > No Natal o círculo familiar se fecha novamente. É o momento em que o passar dos anos parece não fazer tanto sentido > minha família reencontra os laços perdidos em algum lugar do início dos anos 90 e volta a fazer um círculo movido a muito vinho, carne e risos.

Nula > a Morte caprichou nesse fim de ano > levou tanto conhecidos quanto ilustres desconhecidos > de colegas da faculdade, passando por Sivuca e James Brown e chegando em Saddam.


2 comentários:

Anônimo disse...

It's a hard life and it's a bad world.
Mande preparar um festival de róque decente que em doismilesete eu vou à Goiânia.

Pedro Palazzo Luccas disse...

Bem vindo ao mundo janela a forra, my friend. Mas não se esqueça de deixá-la aberta para voltar assim que der.